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Receita Federal realiza operação contra sonegação fiscal em fábrica em Jambeiro

Objetivo da operação é desmantelar um esquema utilizado para a emissão de R$ 17 bilhões em notas fiscais fraudulentas

Redação Band Vale

Receita Federal realiza operação contra sonegação fiscal em fábrica em Jambeiro
Receita Federal realiza operação contra sonegação fiscal em fábrica em Jambeiro
Divulgação/ Receita Federal

A Receita Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (9), a operação Metalmorfose, contra a sonegação fiscal, em uma fábrica em Jambeiro. O objetivo da operação é desmantelar um complexo esquema no setor de cobre utilizado para a emissão de R$ 17 bilhões em notas fiscais fraudulentas de 2018 a 2020. 

Participam da operação a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP), a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP) e o Ministério Público de São Paulo e de Santa Catarina.

Estão sendo cumpridos 39 mandados de busca e apreensão em 17 alvos pessoas físicas e 22 alvos pessoas jurídicas nas cidades paulistas de São Paulo (10 alvos), Santo André (6 alvos), Campinas (2 alvos), Guarulhos (2 alvos), Orlândia (2 alvos), São Caetano do Sul (2 alvos), Sorocaba (2 alvos), Bertioga (1 alvo), Espírito Santo do Pinhal (1 alvo), Indaiatuba (1 alvo), Jambeiro (1 alvo), Mauá (1 alvo), Mogi das Cruzes (1 alvo), Ribeirão Preto (1 alvo), Sumaré (1 alvo), e em Joinville/SC (5 alvos).  

Segundo as informações da Receita Federal, o esquema investigado consistia no uso de empresas fantasmas para emissão de notas fiscais fraudulentas, supostamente relativas à venda de produtos e sucata de cobre. O esquema é sofisticado, estruturando-se em três núcleos e outros participantes ativos.

O primeiro núcleo é formado por uma extensa rede de empresas fantasmas que existem apenas para emitir notas fiscais fraudulentas, simulando operações de compra e venda reais, principalmente de produtos de cobre e sucata.

O segundo núcleo é composto por empresas fornecedoras de produtos de cobre, localizadas principalmente no estado de Santa Catarina.

O terceiro núcleo é formado pelos clientes do esquema, empresas paulistas do setor de cobre, que utilizavam as notas fiscais fraudulentas para sonegar tributos federais e estaduais de duas formas. 

Até o momento, não foi divulgado um balanço do foi apreendido na empresa de Jambeiro.