Em um pronunciamento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evidenciou que o governo apresentou uma proposta aos 17 setores que mais empregam no Brasil para "pacificar" as conversas sobre a desoneração da folha de pagamento.
Os representantes dos setores apresentaram uma contraproposta que, segundo Haddad, está em consonância com o que o governo pensa sobre o assunto.
Ele deve se reunir nesta quarta-feira (09) com o presidente do Senado, caso haja espaço na agenda de Rodrigo Pacheco, para mantê-lo informado sobre o que Planalto e as empresas estão acordando.
Haddad afirmou que, com a aprovação recente da Reforma Tributária, a renoeração não "será tão sentida pelos empregadores" e voltou a defender que todos ganharão com isso.
Apesar da intenção de pacificar o assunto, o governo judicializou a pauta, que está parada no Supremo Tribunal Federal com um pedido de vista do ministro Luiz Fux.
Durante o programa "Bom dia, ministro", ele também falou sobre a resposta do governo federal sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.
O presidente Lula deve anunciar nesta quarta (8) um pacote de ajuda para o estado, incluindo a suspensão do pagamento da dívida do estado com a União.
E até o final da semana, todos os ministros terão de apresentar outros projetos para socorrer os gaúchos.
Questionado pela BandNews FM sobre a relação da Fazenda com a autoridade monetária do país, o ministro Fernando Haddad afirmou que é "muito difícil conviver com um presidente do Banco Central indicado por um governo anterior" e que espera que o Copom não interrompa a série de corte de juros que tem promovido.
Há uma certa tensão no mercado para o anúncio desta quarta.
A expectativa é que o comitê pode não seguir o último comunicado, que indicava um corte de 0,5 ponto porcentual, preferindo reduzir a Selic em 0,25.
Para Haddad, uma decisão mais conservadora do Copom vai precisar de uma boa justificativa já que, segundo ele, o governo tem feito sua parte para manter a inflação dentro da meta. Hoje (8), a Selic está em 10,75% ao ano.