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Mulher que levou homem morto ao banco se torna ré, mas responderá em liberdade

Justiça entendeu que Erika de Souza não tem antecedentes criminais e não apresenta risco de fuga

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Mulher que levou homem morto ao banco se torna ré, mas responderá em liberdade
Mulher que levou homem morto ao banco se torna ré, mas responderá em liberdade
Reprodução

A Justiça do Rio libertou da prisão nesta quinta-feira (02) a mulher acusada de levar o tio já morto ao banco na tentativa de conseguir um empréstimo. Erika de Souza Vieira Nunes estava presa desde o episódio, no mês de abril. Embora fora da cadeia, ela responderá na Justiça pelos crimes de vilipêndio a cadáver e tentativa de estelionato.

A juíza Luciana Mocco aceitou denúncia do Ministério Público contra Erika, mas considerou que ela não tem antecedentes criminais, possui residência fixa e não há qualquer notícia de intimidação ou coação de testemunhas, nem indício de que a ré possa fugir da Justiça. A magistrada também considerou que ela é paciente psiquiátrica e tem uma filha com deficiência menor de idade.

Erika de Souza deverá comparecer mensalmente em juízo e não poderá deixar o Rio de Janeiro pelos próximos sete dias.

A denúncia do Ministério Público, enviada à Justiça na terça-feira (30), diz não restar dúvida sobre a intenção da ré de enganar os funcionários do banco para se apropriar do dinheiro do tio mediante uma "cruel fraude".

Ao levar o corpo do idoso a uma agência bancária, a mulher tentava retirar o dinheiro de um empréstimo de quase R$ 18 mil.

O MP também ressaltou que Erika de Souza não demonstrou preocupação com o estado de saúde de Paulo e ainda submeteu o idoso a um esforço físico, em vez de levá-lo a um hospital.

A advogada da sobrinha, Ana Carla Correa, garante que vai provar a inocência de Erika e destaca que ela vai passar por uma avaliação psiquiátrica e psicológica. Familiares afirmam que ela estava sob efeito de medicação controlada e não percebeu que o tio estava morto.

Além da tramitação do processo na Justiça, a sobrinha também é investigada pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A defesa de Erika de Souza tem 10 dias para responder à acusação.

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