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Tragédia no Sul: Chuva e ventos fortes interrompem buscas em Porto Alegre

Previsão é de que um temporal ocorra no fim da tarde desta quinta-feira (8); Defesa Civil pediu a retirada de barcos do Rio Guaíba

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As condições climáticas voltaram a piorar em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, durante a tarde desta quarta-feira (8) e forçou os voluntários a interromperem as buscas por possíveis sobreviventes ou retirada de moradores do local.  

Segundo a equipe de reportagem da BandNews FM, a Defesa Civil solicitou que os barcos sejam retirados do barco Guaíba ou dos rios no entorno da região Metropolitana de Porto Alegre. O pedido ocorre em função do temporal previsto para o fim da tarde de hoje na capital gaúcha.

No bairro Menino Deus, a avenida Getúlio Vargas encontra-se alagada e há um ponto de resgate que passou a retirar moradores de suas casas - que correm o risco de alagar - e os moradores são encaminhados a uma unidade de saúde para receber tratamento médico e se direcionar a um ponto de acolhimento. Estes serviços foram interrompidos.

Até o momento, cerca de 20 barragens estão sob monitoramento do poder público. No último sábado (4), seis delas estavam no alerta máximo para ruptura. Na última atualização, o número abaixou para quatro barragens em estado de alerta. Tanto na região central, quanto no Vale do Taquari e na região Metropolitana - em Eldorado - há barragens em estado de atenção.

Na capital gaúcha, dois diques apresentam vazamento parcial e há uma intervenção para que estes vazamentos não resultem em um colapso, o que ocasionaria numa entrada descontrolada da água.

Pano na janela para pedido de socorro

Barqueiros que estão fazendo o resgate de vítimas nas enchentes no Rio Grande do Sul pediram que moradores ilhados coloquem um lençol branco amarrado a um pano qualquer - pode ser uma peça de roupa - pela janela.

O objetivo, segundo voluntária que está atuando junto ao Corpo de Bombeiros, seria de informar aos voluntários o desejo de ser resgatados. Os tecidos funcionam para sinalizar à distância onde há vítimas.

Assaltos em Porto Alegre

Nesta quarta-feira (8), Fabrício Dornelles, que faz parte de um grupo de jipeiros, conversou com a BandNews FM e relatou a sensação de insegurança durante o resgate de vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

Segundo o gaúcho, seu grupo ouviu tiros e relatos de lojas e casas saqueadas enquanto estava no bairro Humaitá: "O clima era tenso, a Polícia Militar dando tiros, pessoas saqueando lojas, casas e apartamentos. Muitos comércios foram destruídos".

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