Deve ser ouvida pela Polícia Civil nessa semana, a médica responsável pelo procedimento estético, que terminou com a morte de uma jornalista, no Rio. A cirugiã plástica Amike Brilhante já responde a pelo menos um processo por negligência médica, segundo uma pesquisa feita pela reportagem no site do Tribunal de Justiça do Rio.
No último dia 24, Roberta da Silva Mendonça realizou seis procedimentos em uma única cirurgia realizada pela profissional. A operação foi feita no hospital Rio Day Hospital, que fica na Tijuca, na Zona Norte da cidade.
No dia seginte a operação, a paciente 42 anos passou mal e precisou ser transferida. De acordo com a família da vítima, a primeira ambulância chegou 30 minutos após o mal súbito.
Mas, a viatura não estava equipada com Unidade de Terapia Intensiva Móvel. Uma nova ambulância foi solicitada e chegou duas horas e quarenta minutos após a Roberta passal mal.
A vítima foi levada para o hospital Rios D'Or, que fica em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Uma fonte da unidade de saúde conta que a paciente já chegou em estado gravíssimo. O marido dela, Rafael Mendonça, acusa a médica e o Hospital Rio Day de negligência.
Rafel e Roberta estavam juntos há 24 anos. Dessa união, nasceu Sophia, que hoje tem cinco anos. A criança é autista e não entendeu ainda o que aconteceu com a mãe. A avó, da pequena, e mãe de Roberta, Sônia Peres, mostra preocupação com a neta.
Para o médico Cleso Boechat, membro da Sociadade Brasileira de Cirurgia Plástica, o hospital escolhido não tem estrutura para a cirurgia realizada na paciente.
A escolha da unidade de saúde onde o procesimento é realizado cabe ao médico. Fontes Anike Brilhante está com CRM ativo e apta para realizar cirurgias plásticas.
A Polícia Civil vai ouvir ainda profisionais de saúde do Rio Day Hospital, que, também foi notificado para apresentar o prontuário de Roberta. A investigação ainda vai apurar quais cuidados foram tomados no pré-operatório da paciente e pretende também conforntar os documentos com uma análise de um médico legal. A princípío, o caso é investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O Conselho Regional de Medicina do Rio informou que vai apurar o caso.
O Hospital Rio Day foi procurado, mas não respondeu à reportagem. Em nota, a médica responsável pelo procedimento, Anike Brilhante, afirmou que a operação foi realizada dentro dos parâmetros adequados e em conformidade com os protocolos médicos. A profissional disse, ainda, que todos os exames prévios e as cirurgias aconteceram sem intercorrências, em hospital com estrutura para os procedimentos. Anike Brilhante também lamentou a morte de Roberta e afirmou que vai colaborar com as investigações.
Estendo minhas mais sinceras condolências à família e aos amigos da Sra. Roberta da Silva Mendonça neste momento de profunda dor e luto.
Quanto aos questionamentos levantados sobre os detalhes do procedimento cirúrgico, é fundamental esclarecer que a duração da cirurgia não corresponde às informações divulgadas. A operação foi conduzida dentro dos parâmetros adequados e em conformidade com os protocolos médicos estabelecidos.
Enquanto médica formada há quase uma década, especialista em cirurgia geral e cirurgia plástica e associada à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), já atendi milhares de pacientes e sempre priorizei a segurança e a qualidade dos procedimentos realizados.
Antes de qualquer intervenção cirúrgica, são realizadas avaliações criteriosas da saúde dos pacientes, visando a garantir que eles estejam em condições apropriadas para os procedimentos. No caso da Sra. Roberta, foram realizados todos os exames prévios necessários e as cirurgias aconteceram sem nenhuma intercorrência, em hospital que conta com estrutura e suporte adequados para esses tipos de procedimentos. Minha preocupação primordial sempre foi e continuará sendo a segurança e o bem-estar dos meus pacientes.
Ressalto que jamais fui condenada em qualquer processo ou instância, seja nas esferas cível, criminal ou ética. Os processos citados na reportagem sequer foram julgados em primeira instância, porém, tenho plena convicção de que minha conduta profissional foi adequada e será devidamente avaliada pelas autoridades competentes.
Irei colaborar integralmente com as autoridades competentes para esclarecer todas as informações apresentadas. Minha prioridade é oferecer todo o apoio possível à família da Sra. Roberta e contribuir para que a verdade seja plenamente estabelecida.
Por fim, lamento profundamente que prejulgamentos precipitados estejam levando centenas de pessoas a realizarem ofensas e ameaças a mim e minha família, mesmo que não exista mínima comprovação material de minha culpa sobre o triste óbito ocorrido com a minha paciente.
Mais uma vez, expresso meu mais profundo pesar pela perda da Sra. Roberta e reitero meu compromisso inabalável com a ética, a transparência e a qualidade na prática médica.
Mais uma vez, expresso meu mais profundo pesar pela perda da Sra. Roberta e reitero meu compromisso inabalável com a ética, a transparência e a qualidade na prática médica.
