A Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio afirmou que, antes de realizar a ação que terminou com um cachorro morto, constatou a ausência de animais nos imóveis que foram demolidos. Segundo a Seop, o endereço, na Ilha da Gigoia, na Zona Oeste, foi vistoriado duas vezes.
A morte do pitbull, baleado por um promotor do Ministério Público, causou indignação e repercutiu nas redes sociais.
Ainda de acordo com a Seop, o animal estava preso em outro cômodo, que não era alvo da operação do Município e do MP.
Em outubro de 2019, a Prefeitura sancionou uma lei que estabelece que todos os imóveis a serem demolidos precisam de um laudo técnico da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses constatando que nos locais não há a presença de animais. O objetivo é priorizar o bem-estar dos animais.
Apesar da vistoria, o idealizador e coordenador da Unidade de Proteção e Resgate Animal, Bruno César, afirma que os órgãos não costumam dar atenção à lei e cobra mais responsabilidade do poder público.
O caso aconteceu na segunda-feira (29). O promotor André Buonora foi mordido no calcanhar pelo pitbull. Ele atirou três vezes no animal. Segundo testemunhas, o cachorro já tinha soltado o agente no momento dos tiros.
A advogada e vizinha do tutor do cachorro, Cristina Cruz, relata o desespero de quem estava no local.
Ainda segundo amigos e familiares do tutor do cachorro, Zeus era dócil, calmo e nunca tinha atacado ninguém.
O tutor Gleysson Alves diz que está indignado com a conduta dos agentes.
Ele nunca atacou, só atacou porque chegaram metendo o pé na porta. quando eu me levantei só escutei os tiros. eu tava deitado, meu cachorro tava comigo no momento. chegaram tacando o pé na porta e meu cachorro saiu pra me defender, normal de qualquer cachorro
A Polícia Civil investiga o caso.
Em nota, o Ministério Público afirmou que o cachorro estava dentro de uma construção abandonada, que servia como depósito.
A BandNews FM também tentou contato com a Subsecretaria de Vigilância, mas não teve retorno.
