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Motorista de Porsche deve ser transferido para presídio de Tremembé

A penitenciária é conhecida por receber presos envolvidos em crimes de grande repercussão

Por Cesar Cavalcante

Fernando Sastre de Andrade Filho – condutor da Porsche que causou o acidente que provocou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana – está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo, e deve ser transferido a qualquer momento para o presídio de Tremembé, no interior do estado. 

A penitenciária é conhecida por receber presos envolvidos em crimes de grande repercussão no Brasil, como, por exemplo, Cristian Cravinhos (caso Richthofen), Lindemberg Alves (caso Eloá) e Alexandre Nardoni (caso Isabella Nardoni), solto na última semana para cumprir o restante da pena em liberdade.

A prisão de Fernando Sastre foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na última sexta-feira (3). O acusado não foi encontrado na ocasião e se entregou à polícia apenas na segunda (6), quando foi detido. Na terça (7), passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida. 

Em seguida, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou por unanimidade o habeas corpus apresentado pela defesa que pedia a liberdade do empresário. 

O acidente

Fernando Sastre de Andrade Filho causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, ao bater na traseira do carro dele, em 31 de março. 

A promotora Monique Ratton sustentou em denúncia que o empresário consumiu álcool antes de dirigir e causar o acidente. Em entrevista à TV Globo gravada antes da prisão decretada, ele disse “só ter bebido água”.

De acordo com a perícia, o Porsche 911 de Fernando estava a 114 km/h o momento da batida. O automóvel chegou a alcançar 156 km/h em uma avenida da Zona Leste de São Paulo que tem limite regulamentar de 50 km/h.

Fernando Sastre de Andrade Filho afirmou que “não tinha percebido” que estava na velocidade apontada pela perícia.

Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo que estava no carro de luxo com Fernando, ficou ferido na batida. Ele teve alta após voltar a ser internado em São Paulo. Segundo informações da defesa, o motivo da internação foi uma complicação decorrente da cirurgia de retirada do baço. 

Em depoimento, ele contrariou a versão do empresário ao dizer que o amigo tinha consumido bebida alcoólica antes de dirigir naquela noite.