Brasil Urgente

'Chegou com coluna torta', diz pai de aluno que morreu ao ser agredido em escola

Julysses Nazarra afirmou que direção não levou denúncias de bullying a sério e que 'crianças se entendem'

Da redação

O pai de Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra contou ao Brasil Urgente que tentou organizar reuniões e denunciou o bullying que o filho sofria para a direção da escola em que ele estudava, na Praia Grande, no litoral de São Paulo. 

Segundo Julysses Nazarra, o filho teria sofrido a primeira agressão ainda em março, quando foi agredido por três colegas na escola. “A subdiretora disse que ele caiu da escada, mas meu filho desmentiu e disse que apanhou de três garotos. Eu pedi reunião com os pais, a subdiretora negou três vezes. Depois dessa agressão ele ficou cabisbaixo e não falou mais nada”, contou. 

A última agressão, que culminou na morte de Carlos, ocorreu em nove de abril. "Ele chegou com a coluna torta em casa, com dor, febre e muita falta de ar. Pedi providências para os diretores e o diretor Sidney disse que ‘eles eram crianças e se entendem’, a subdiretora achava que eu era inconveniente”, disse o pai. 

Julysses afirmou que ele e a esposa, mãe do garoto, levaram o adolescente para o hospital por pelo menos seis vezes, no Pronto-Socorro Central de Praia Grande, até decidirem levá-lo para Santos, cidade vizinha. “Ele só tomou injeção para dor, todas as vezes. Uma delas o médico disse que tinha escoliose, coisa que nunca teve. No sexto dia o médico encaminhou meu filho para o psicólogo e ainda duvidou de mim”, afirmou. 

“Ele morreu na Santa Casa de Santos, já estava agravada a situação. Os médicos de Santos foram cuidadosos, amorosos, fizeram de tudo pelo meu filho”, pontuou Julysses, que citou a causa da morte do adolescente: “ A UPA de Santos disse que deu infecção no pulmão, mas não tinha como diagnosticar melhor porque estava agravado o caso dele”. 

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