Para uma das testemunhas que viu Erika Souza Vieira Nunes levando o corpo de Paulo Roberto Braga para uma agência bancária, o idoso de 68 anos já estava morto antes de ser levado para o banco para retirar o empréstimo de R$ 17 mil. Diego, vendedor de uma ótica em Bangu, contou que conversou com a mulher e reparou no odor forte do morto.
“Na minha percepção, ele estava morto, com certeza. Não sou legista, nem nada, mas a gente sabe, ele não tinha reação nenhuma, ele estava com o corpo mole, o odor forte. Quando a gente falou com ela, ela nunca quis mostrar o rosto, manteve abaixado, tomou um susto e nem agradeceu o que comunicamos”, diz Diego.
Ele completa alegando que estranhou o estado do rosto de Paulo Roberto. “Eu reparei que o céu da boca dele estava preto, a boca preta, os olhos fechados, não tem nem ideia como que uma pessoa nesse estado estaria assim. A aparência dele também estava pálida", diz.
O vendedor conta que ela saía de uma loja de crédito consignado quando foi abordada por ele e outros funcionários da ótica, perto das 15h de terça-feira (16). “Ela veio empurrando o cadeirante, mas ela veio de um modo estranho, fingindo falar ao celular. Uma mão ela levava a cadeira e a outra segurando a cabeça dele e os pés estavam tortos, muito mesmo. Qualquer um vivo estaria com dor, a gente até a parou e avisou”, conta.
Diego conta também que comentou com colegas que Paulo ou estaria morto, ou estava morrendo. Pouco tempo depois, Erika tentou sacar o empréstimo de R$ 17 mil e foi presa, acusada de vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude.
