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Ex-chefe do banco do Brics defende redução do Estado para melhorar indústria

Canal Livre deste domingo (7) recebe o economista, cientista político e diplomata Marcos Troyjo

Da redação

Marcos Troyjo é o entrevistado do Canal Livre deste domingo (7)
Marcos Troyjo é o entrevistado do Canal Livre deste domingo (7)
Reprodução/Canal Livre

Como fazer a indústria brasileira avançar, assim como o agronegócio que, ano a ano, tem um impacto imponente na economia brasileira? No Canal Livre deste domingo (7), a pergunta foi respondida pelo economista Marcos Troyjo, ex-presidente do banco do Brics, bloco que reúne as principais economias emergentes do mundo, com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O BandNews TV transmite o Canal Livre às 20h, com a apresentação de Rodolfo Schneider e participação dos jornalistas Fernando Mitre, Juliana Rosa e Eduardo Oinegue. Depois do Apito Final, o programa é reexibido na TV aberta, na tela da Band.

Na entrevista, Troyjo defende que o avanço do setor industrial brasileiro só deve ocorrer com a diminuição do tamanho do Estado, o que, segundo o também cientista político e diplomata, melhora o chamado Custo Brasil.

“A diminuição do tamanho do Estado na economia melhora o custo Brasil. A continuação das reformas estruturais melhora o custo Brasil. Abrir a economia, por meio de acordos internacionais, cria algumas vulnerabilidades, mas a lição dos grandes acordos comerciais é a seguinte: quando você tem liberalização comercial, a maioria ganha, e a minoria perde. Muitos ganham e poucos perdem”, disse.

Exemplo da China

Troyjo deu exemplos de países que conseguiram melhorar a produção industrial, bem como a exportação desses produtos, nos últimos 30 anos. China e Coreia do Sul mostram sucesso na Ásia, enquanto o Brasil, Argentina e Turquia se “fecharam” para a industrialização.

“Agora, aqueles países que ficaram mais fechados, como a Turquia, Argentina, Brasil, Rússia, ficaram para trás. Não vamos resolver essa questão definindo quem é o ovo e quem é a galinha, ou seja, se você tem que fazer tudo para poder abrir ou se tem que abrir para poder resolver. Temos que fazer as duas coisas juntas”, analisou.

A declaração foi em resposta à colunista Juliana Rosa, quando perguntou se só a abertura da economia é suficiente ao passo que, no governo Collor, a liberalização indiscriminada rendeu críticas do empresariado e fez negócios quebrarem.

Outros temas

Este Canal Livre também debaterá a atual conjuntura econômica brasileira, os desafios impostos pelo cenário mundial, quais as melhores oportunidades para os mercados emergentes e como a transformação digital e mudanças climáticas podem alavancar e fortalecer o Brasil.

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